Antes de começar: o momento de contemplação que pode se tornar tortura
- carolinemudinutti
- 17 de jan.
- 2 min de leitura

Preciso confessar: sou perfeccionista. Observo tudo em detalhes e quero tudo perfeito, isso tem lá suas vantagens, mas muitas vezes me pego paralisada. Foi exatamente esse o caso desses dias. Esse ano tenho um projeto de gravar um curso sobre inteligência emocional para compartilhar meu conhecimento e experiência em psicologia.
Só de pensar em começar já deu aquela ansiedade danada, aquela uma que nos atinge antes de começar algo. E me peguei mergulhada nesse perfeccionismo que mais aprisiona do que liberta. Pois você tem que arrumar luz, cenário, roupa, maquiagem, microfone, roteiro e tudo isso vai adiando o começar. A angústia vai batendo e enquanto você não começa a gravar é uma verdadeira tortura, você contempla a montanha, mas não chega logo nos pés para começar.
Eu quero que a próxima vez que você for começar algo, comece logo, por favor, do jeito que dá, com o que tem, já diz o sábio Cortella. Depois você vai melhorando, ajustando, mas comece.
Depois que você consegue dar o primeiro passo, você vai ver que era muito mais fácil do que imaginava e vai dar uma sensação de realização bem gostosa.
Quando pensamos em ansiedade em psicologia é exatamente esse o mecanismo. Quanto mais evitamos alguma situação, maior a ansiedade fica e a frustração também, a montanha vira impossível de escalar.
Qual será a próxima situação que você vai enfrentar? Você quer começar um novo projeto? Falar algo importante para alguém? Você vai ter medo para começar, pode ter certeza, mas comece, vai ser bem melhor e realizador.
Obs: fiquei achando esse texto pequeno que era preciso aumentar aqui e ali, mas conseguir passar minha mensagem. O texto não precisa ser uma tese de doutorado.
Caroline Mudinutti
Comments